domingo, 30 de maio de 2010

Resumo do Projeto

Este trabalho propõe o desenvolvimento de um foto-livro sobre o Parque Municipal de Belo Horizonte. Apesar de haver um acervo de memória já constituído para o Parque, a ideia do projeto é buscar uma narrativa visual diferenciada do lugar, ou seja, de representações que não sejam “clichês”, deste espaço que é um dos principais locais de visitação da cidade. O foto-livro pretende permitir ao leitor um redescobrimento dos espaços existentes no Parque que, atualmente, não são percebidos por seus frequentadores.

Resultados Obtidos

Até o presente momento, fizemos quatro “bonecas” para teste e aperfeiçoamento do layout do foto-livro.

Praticamente todas as fotos estão selecionadas, contudo, poderão sofrer correções e modificações mas adiante.











Relatório de Elaboração

Realizamos alguns ensaios fotográficos, nossa primeira visita ao Parque ocorreu na primeira semana de fevereiro. Nesse momento, sem uma ideia muito clara do assunto a ser fotografado, e o tema para a definição da produção das fotografias.

Em busca de uma nova abordagem de lugares e objetos do Parque, procuramos fazer uma experimentação da paisagem, fazendo fotos com enquadramentos:

de plano geral,

e detalhes.


de objetos,


animais,



árvores,

os brinquedos,



a ponte


e o coreto


Nesta primeira visita, a principal motivação era encontrarmos objetos, lugares e detalhes expressivos, que pudessem revelar uma “beleza escondida” em meio a tantos contrastes de cores, formas, tamanhos.

Fizemos uma pré-seleção das fotos e começamos a definir os temas: detalhes de objetos e brinquedos do Parque que identificamos como sendo os mais adequados a nossa narrativa visual.

A sequência desenvolvida com as fotos seguirá uma mistura respectiva de fotos dos objetos diversos e brinquedos do Parque para demonstrarmos através da composição das fotografias como o movimento, o ritmo, e o equilíbrio podem ser representados a partir de uma nova releitura, de uma nova visão micro sobre esses elementos do Parque Municipal de Belo Horizonte.

Optamos por fotografar com câmeras digitais porque, nos traria uma pós-produção mais fácil, (possível tratamento, recorte das imagens em programas de softwares específicos) sem perda da qualidade, já que trabalharemos principalmente os detalhes das fotos.

Em nossa segunda visita ao Parque, novamente em uma manhã de domingo, e no mesmo horário, encontramos certa dificuldade em fotografar os espaços pré-selecionados devido ao grande número de crianças nos brinquedos

Foi definido que as fotos do livro serão coloridas porque nosso interesse é mostrar a variedade de cores e seus contrastes no Parque, divulgando a alegria das cores através das fotografias.

A primeira “boneca”, um layout prévio do foto-livro foi criada no mês de fevereiro e tinha a seguintes características: todas as fotos do Parque tiradas na primeira visita foram colocadas para termos noção de como ficaria o primeiro layout do foto-livro.

Após a produção da primeira “boneca”, optamos por incluir junto as imagens, mapas que sinalizassem o local indicado pelo detalhe da fotografia, para colaborar com narrativa proposta e estimular ao leitor ir conferir essa imagem

Inicialmente, chegamos a uma ideia de que tipo de fotos queríamos fazer: fotos que conjugassem o concreto, o asfalto da cidade com a natureza do Parque, através de um olhar de dentro para fora, como a obra de Tiago Costa .Entretanto, após a primeira seleção de imagens, percebemos que seria mais interessante retratar os detalhes utilizando a perspectiva humanista

A sensibilidade e habilidade de Robert Doisneau em criar belas imagens nas ruas de Paris com sua câmera, sobretudo sua abordagem humanista, fez com que suas fotografias tornem-se de grande interesse ao trabalho proposto, a fim de retratar e resgatar de forma delicada, os encantos e belezas escondidas no Parque.

No entanto, como decidimos trabalhar com grandes closes, foi necessário buscar outros fotógrafos que possuíssem essa característica para que pudéssemos estudar suas obras.

Nos trabalhos de Keetman, Weston, Strand e Atget encontramos o tipo de fotografia que julgamos mais adequadas para o nosso objetivo. Para melhor compreender o trabalho desses grandes artistas, utilizamos as categorias propostas por Tarcnoczy.

As fotografias foram e serão captadas por todos os integrantes do grupo observando os conceitos descritos por Tarcnoczy no que diz respeito a composição das fotografias e ao estilo detalhista de alguns dos fotógrafos referenciados.

A escolha das fotos será feita pelo critério de qualidade técnica e de adaptabilidade a proposta do ensaio fotográfico. Todas as etapas de produção e escolha das fotos serão de decisão coletiva e sua assinatura também.

No primeiro teste foram feitas duas “bonecas” em formatos A5, sendo uma no formato paisagem e outra, retrato. Decidimos que o livro funcionaria melhor se possuísse capa na gramatura 230 para que seja gostoso ver as fotos e manipular as páginas do livro. O layout do foto-livro será como paisagem, para facilitar a visão e por ser uma forma mais apropriada de exibirmos as fotografias.

O segundo teste foi feito na primeira semana de março, para adaptarmos a disposição das fotografias, alternando entre detalhe e o mapa indicando a localização do espaço retratado. Este momento de criação foi muito importante para que o grupo visualizasse o trabalho idealizado, tendo assim, uma visão do que foi proposto inicialmente, podendo dar continuidade ao mesmo, seguindo uma linha coerente de diagramação.

Depois de uma nova discussão sobre os elementos e suas disposições no layout do foto-livro, optamos por trabalhar na terceira “boneca”. O mapa, que a princípio seria um desenho colorido, foi refeito utilizando somente linhas suaves (vetor) para não sobrecarregar a visão e, tornando o foto-livro mais leve. Incluimos também as páginas em formato de cartões postais, para que as fotos pudessem ser utilizadas como postais pelas pessoas.

Em seguida a avaliação do layout da terceira “boneca”, resolvemos retirar a fotografia do todo apresentada em forma de postal, para não revelarmos o espaço onde se localiza o detalhe através de uma foto completa. A intenção é causar um estranhamento e deixar que as pessoas descubram por si mesmas os espaços mostrados nas fotos e indicados nos mapas, criando assim seus próprios “caminhos poéticos”.

A quarta “boneca” foi produzida na primeira semana de março. Modificamos a capa que agora apresenta um olho estilizado sobre o coreto do Parque Municipal. Será uma forma de reproduzir já na capa do foto-livro nosso olhar sobre o Parque.

Na sinalização do mapa, optamos por incluir uma lupa na indicação do local representado na imagem do close. Essa será mais uma forma de induzirmos as pessoas a procura dos objetos exibidos nos detalhes das fotos nos locais do Parque.






Banco de Dados

Em um primeiro momento, criamos um banco de dados com as imagens do Parque, identificamos como o local é retratado oficialmente pelas instituições e pessoas (Internet), através da análise das fotografias dos cartões postais.
Após definirmos quais fotos do Parque, não apenas o local em si, mas o enquadramento, consideramos “clichês” : coreto, lago, pedalinho, brinquedos, ponte, chafariz...




Objetivo Geral do Projeto

O objetivo geral do projeto é produzir um foto-livro (livro ilustrado com imagens fotográficas) sobre o Parque Municipal de Belo Horizonte, estimulando nos passantes um olhar mais atento sobre as singularidades desse belo parque. Esse olhar mais atento pode causar um estranhamento para as pessoas que transitam nele todos os dias e que não percebem sua beleza, trazendo para o público uma nova identificação visual dos objetos e lugares do Parque. Essa percepção vai contribuir para reconhecimento do espaço urbano esquecido e dessa forma, estimular a caminhada dos visitantes pelo Parque, com uma postura diferente da atual, modificando assim o Parque e a si mesmo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vídeo Parque Municipal

Parque Municipal - Grandes Esculturas - Belo Horizonte - MG - Br.wmv
Link do Vídeo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fundamentação Teórica

A discussão do conceito de fotografia deste projeto foi traçada com base em três autores: Vílem Flusser, Philippe Dubois e Roland Barthes.
Flusser (1998) aponta a imagem de modo conceitual, apresentando análises da condição das imagens técnicas na contemporaneidade.
Dubois (2006) aborda a fotografia em suas relações com o mundo, investigando os critérios de semelhança da imagem fotográfica.
Roland Barthes (1994) aborda a fotografia por suas relações entre o fotógrafo, o referente e o espectador.